Indicadores para soft skills: como medir a evolução
- Galena
- 10 de jul.
- 4 min de leitura
As soft skills têm ganhado cada vez mais relevância no ambiente de trabalho, sendo vistas como diferenciais para o sucesso individual e coletivo. No entanto, mesmo com essa valorização, ainda é um desafio para empresas e lideranças entenderem como medir a evolução em habilidades comportamentais de forma clara e consistente.
Diferente das hard skills, elas não costumam ser avaliadas por certificações, dificultando sua comprovação. No entanto, com a abordagem adequada, é possível identificar, desenvolver e analisar a evolução dessas habilidades ao longo do tempo.
Neste texto, vamos explorar o que são essas competências, como reconhecê-las no ambiente de trabalho, quais estratégias são eficazes para desenvolvê-las e, principalmente, quais são os principais indicadores para soft skills.
O que são soft skills?
No ambiente corporativo, as soft skills são habilidades comportamentais que refletem diretamente na maneira como um colaborador lida com as situações do dia a dia na empresa, envolvendo, por exemplo, raciocínio, trabalho em equipe e inteligência emocional.
Enquanto as hard skills dizem o que ele sabe fazer, as soft skills mostram como ele faz. E, na prática, é esse “como” que determina a efetividade das entregas, o alinhamento com a cultura da empresa e a capacidade de atuar em equipe.
Quais são as principais soft skills?
As soft skills mais valorizadas podem variar de acordo com cada modelo e tipo de trabalho. No entanto, existem competências comportamentais que se encaixam em todos os contextos, sendo elas:
Comunicação eficaz;
Trabalho em equipe;
Inteligência emocional;
Resiliência;
Pensamento crítico;
Proatividade;
Flexibilidade e adaptabilidade.
Por que são importantes?
As soft skills passaram a ser um ponto diferencial entre os profissionais. Com a tecnologia e a automatização tomando conta do ambiente corporativo, toda habilidade emocional e social humana se destaca.
Do ponto de vista da gestão de pessoas, desenvolver habilidades comportamentais impacta alguns fatores, como: engajamento, retenção de talentos e performance. É por isso que investir em soft skills não é só sobre o desenvolvimento individual, e sim uma estratégia essencial para o crescimento de toda a organização.
Como identificar soft skills
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Reconhecer as soft skills de um colaborador, ou candidato, vai muito além de uma primeira impressão ou de uma análise de currículo.
O verdadeiro desafio do RH está em comprovar essas habilidades por meio de abordagens que revelam, na prática, como o profissional se comporta diante das demandas do ambiente de trabalho, fugindo daquelas perguntas clichês, como ‘’me conte 3 qualidades’’.
Para você evitá-las, separamos algumas estratégias capazes de identificar as habilidades das pessoas:
Experiências anteriores: pergunte sobre uma situação no passado em que foi necessário lidar com algum conflito;
Dinâmicas em grupo: é possível observar quem lidera, propõe ideias e quem aceita opiniões diversas;
Testes comportamentais: um dos mais utilizados é o teste DISC, que classifica perfis entre Dominância (D), Influência (I), Estabilidade (S) ou Conformidade (C).
Como desenvolver soft skills
Saber quais são as soft skills de cada pessoa é só o começo. O que realmente faz a diferença é valorizar o aprendizado contínuo, criando um ambiente onde essas habilidades possam ser fortalecidas no dia a dia.
Aplicar um treinamento pontual pode ser eficiente com aprendizados pontuais, mas não é o suficiente quando pensamos no longo prazo da empresa. Criar uma cultura que estimula o aprendizado constante, o autoconhecimento e o desenvolvimento pessoal envolve algumas práticas como:
Feedbacks frequentes: auxiliam o colaborador a entender o que está funcionando e o que pode melhorar no comportamento;
Oportunidades de prática: projetos em grupo e trocas entre áreas permitem que os colaboradores exercitem suas soft skills no dia a dia;
Treinamentos comportamentais: workshops sobre temas como comunicação, empatia e liderança;
Trilhas personalizadas: uso de plataformas como a Galena, que recomenda o desenvolvimento com base nas habilidades de cada colaborador.
Como medir o avanço em soft skills
Entender como medir evolução em habilidades comportamentais pode parecer complicado, principalmente por não se tratar de números exatos. O segredo está em observar atitudes, fazendo uma análise detalhada de cada profissional.
Para isso, foque em algumas questões, como: ele está se comunicando melhor em reuniões? Consegue lidar com conflitos de forma mais madura do que antes? Trabalha bem em equipe, aceitando ouvir opiniões diferentes? Tem iniciativa e autonomia com suas responsabilidades? Assim, é possível ter visibilidade de quais pontos obtiveram melhoria, e quais merecem mais atenção.
Uma forma eficiente de medir o avanço em soft skills é aplicar a metodologia de Donald Kirkpatrick, dividida em quatro níveis. O primeiro é chamado de reação, onde o RH avalia como o colaborador se sentiu e o que achou em relação ao treinamento. No segundo, aprendizado, é testado o que de fato ele absorveu e entendeu.
O terceiro nível é sobre comportamento, analisando se o colaborador passou a aplicar o que aprendeu no dia a dia, como melhorar a comunicação. Já no quarto nível, baseado em resultados, é possível enxergar os impactos na equipe ou nas entregas da empresa.
A seguir, veja quais indicadores para soft skills podem ser usados para medir esses avanços com mais clareza.
Indicadores para soft skills
Para acompanhar a evolução dessas habilidades comportamentais, é importante definir indicadores que façam sentido para a realidade da empresa e estejam conectados às necessidades de cada área de atuação. Veja alguns exemplos que podem ser usados:
Participação ativa em reuniões: avaliar se o colaborador contribui com ideias, escuta os colegas e se comunica com clareza;
Resolução de conflitos: observar se a pessoa consegue lidar com desentendimentos de forma respeitosa, buscando soluções ao invés de apontar culpados;
Adaptação a mudanças: medir como o colaborador reage a novos processos, equipes ou prazos apertados;
Colaboração em equipe: avaliar a disposição para ajudar colegas, dividir responsabilidades e trabalhar de forma integrada;
Iniciativa e autonomia: observar se o profissional toma a frente em tarefas, propõe melhorias e age sem precisar de orientações o tempo todo;
Feedback recebido e aplicado: analisar se o colaborador escuta o que é dito, entende os pontos de melhoria e realmente aplica as mudanças no comportamento.
Medir e desenvolver soft skills não é um processo imediato, mas, através dessas estratégias, é possível acompanhar a evolução dos times com mais segurança. Ao investir nisso, sua empresa fortalece a cultura de aprendizagem, melhora a performance coletiva e se prepara melhor para os desafios do futuro.


